O Brasil começou os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 mostrando a que veio. No primeiro dia de disputas por medalhas, o país somou nada menos do que 46 pódios, com incríveis 19 ouros, 14 pratas e 13 bronzes. Com isso, a delegação brasileira lidera o quadro geral de medalhas com muita folga. Para se ter uma ideia, seria preciso somar as medalhas de ouro dos quatro países que também estão no top 5 – Argentina, Colômbia, Chile e Estados Unidos – para chegar às 19 do Brasil.
Das 46 medalhas conquistadas, 45 são de bolsistas do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, ou seja, 97,82%. Nas delegações do tênis de mesa e do halterofilismo, que neste sábado (18.11) conquistaram 27 medalhas para o Brasil, todos os atletas são apoiados com bolsa.
O tênis de mesa terminou o dia com 6 ouros, 8 pratas e 8 bronzes para atletas brasileiros. Paulo Salmin, Luiz Guarnieri, Cláudio Massad, Thiago Simões, Marliane Amaral e Danielle Rauen garantiram o ouro. Guilherme Costa, Fábio Silva, Lucas Carvalhal Israel Stroh, Lucas Santos, Joyce Oliveira, Sophia Kelmer e Jennyfer Parinos foram prata. Iranildo Espíndola, Carlos Freire, Jean Souza, Gabriel Oliveira, Thais Fraga, Aline Meneses, Lethicia Rodrigues e Allana Maschio ficaram com o bronze.
No halterofilismo, o Brasil somou 3 ouros, 1 prata e 1 bronze. Subiram no lugar mais alto do pódio Lucas Santos, Mariana D’Andrea e Lara Lima. A prata foi de Caroline Fernandas e o bronze, de Ezequiel Correa.
E na natação, domínio verde e amarelo. Das 19 provas disputadas neste sábado, o Brasil venceu 10. E o país ainda somou 5 pratas e 4 bronzes na piscina do Centro Aquático de Santiago.
A primeira medalha brasileira no Parapan 2023 veio justamente da natação e foi logo um ouro. Patrícia Pereira venceu os 50m costas SB3. Ela abriu a porteira para mais nove campeões: Douglas Matera, Lucas Mozela, Gabriel Bandeira, Samuel Silva, Phelipe Rodrigues, Wendell Belarmino, Alessandra Oliveira, Ana Soares e Cecília Araújo.
As pratas ficaram com Ruan Lima, Tiago Oliveira, Matheus Reine, Beatriz Borges e Mariana Gesteira. E os bronzes foram para Talisson Glock, Susana, Schnarndorf, Débora Borges e Lídia Vieira.
O brilho brasileiro na piscina foi tamanho que teve até pódio triplo verde e amarelo, com Ana Soares, Beatriz Borges e Débora Borges nos 200m livre S14. Além de três dobradinhas de ouro e prata – Lucas Mozela e Ruan Lima nos 200m costas SB9, Wendell Belarmino e Matheus Rheine nos 50m livre S11 e os primos Samuel Silva e Tiago Oliveira nos 50m livre S5 – e duas dobradinhas de ouro e bronze, com Patrícia Pereira e Lídia Vieira nos 50m costas SB3 e Alessandra Oliveira e Susana Schnarndorf nos 100m costas SB4.
O destino dos primos Samuel e Tiago mudou quando eles sofreram um acidente aos 9 anos de idade. Ao tentar resgatar uma pipa presa em uma árvore, eles encostaram uma barra de ferro na rede elétrica e levaram um choque de 13 mil volts. Ambos tiveram que amputar os dois braços na altura dos ombros e descobriram juntos a natação durante a reabilitação.
“Há nove anos os médicos davam 1% de chance de vida pra gente e hoje nós somos medalhistas das Américas juntos. Estou muito feliz e só tenho que agradecer a Deus e à nossa família”, disse Tiago, que levou a prata. “Primos no pódio, família no pódio. A gente veio trabalhando muito para que isso acontecesse e, graças a Deus, deu certo”, completou Samuel.
MODALIDADES COLETIVAS – O Brasil estreou em cinco modalidades coletivas no Parapan de Santiago. No futebol de cegos, a Seleção venceu o México por 1 x 0, gol de Raimundo Alves. No futebol PC, 2 x 1 para o Brasil diante da Argentina, gols de Matheus Cardoso e Ubirajara Silva.
As duas seleções de goalball venceram as estreias por goleada. No masculino, 11 x 1 sobre a Colômbia. Já no feminino, 12 x 2 sobre a Argentina.
Já no basquete em cadeira de rodas, derrota brasileira para o Canadá no feminino, por 61 x 44. A seleção brasileira de rúgbi em cadeira de rodas também perdeu na estreia: 55 x 48 para a Colômbia.
Fonte: Gov.br