Rondônia enfrenta uma crise no abastecimento de água potável em quase 20 municípios, impactados pelos efeitos do fenômeno El Niño. Uma análise do Comitê de Crise Hídrica do estado revelou que diversas localidades estão em estado crítico ou em alerta devido à redução nos níveis dos rios, comprometendo o fornecimento para a população.
A previsão é de que, durante o período chuvoso, os rios atinjam no máximo 60% de sua capacidade total, gerando preocupação quanto à oferta de água. Embora as chuvas do ‘inverno amazônico’ ajudem a aliviar a situação, o líder do comitê, Nilvaldo Azevedo Ferreira, alertou que os efeitos do El Niño devem persistir até meados de 2025, prolongando a crise hídrica.
Municípios como Cerejeiras, Corumbiara, Espigão D’Oeste, Jaru e Ji-Paraná enfrentam sérios problemas devido aos níveis críticos dos rios e mananciais, utilizados como fonte de abastecimento. Espigão D’Oeste chegou a vivenciar racionamento de água após uma estiagem histórica em 2023.
Diante da situação, o Governo do Estado, por meio da Caerd (Companhia de Água e Esgoto de Rondônia), em colaboração com o DER (Departamento de Estradas de Rodagens e Transporte) e a Seosp (Secretaria de Estado de Obras e Serviços Públicos), interveio em Espigão D’Oeste, coletando água de outro manancial para suprir a demanda do município, que chegou a decretar estado de calamidade pública.
Além disso, para o próximo ano, outras localidades como Castanheiras, Colorado do Oeste, Mirante da Serra, Ministro Andreazza, Parecis, São Miguel do Guaporé, Santa Luzia d’Oeste, Seringueiras, Teixeirópolis e o distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho, ficarão em alerta devido ao risco iminente de seca, exigindo ações preventivas das autoridades para mitigar os impactos dessa crise.
fonte: DIÁRIO DA AMAZÔNIA