Deputado também quer saber quem foi o engenheiro que assinou como responsável técnico pela obra que começou a ruim em menos de dois meses depois da entrega.
Preocupado com o avanço das rachaduras na cabeceira da recém-inaugurada ponte sobre o Rio Jamari em Alto Paraíso, que preocupam a população com relação à segurança da travessia, o deputado Delegado Camargo (Republicanos) protocolou na tarde desta terça-feira, 02, requerimento destinado ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (CREA), onde solicita adoção de providências de fiscalização na obra. O parlamentar também esteve na sede do Conselho, em Porto Velho, onde foi recebido pelo presidente Edison Rigoli, que imediatamente determinou o deslocamento de dois técnicos para a vistoria in loco.
Camargo pediu que os representantes do Crea promovam a averiguação sobre a regularidade dos responsáveis técnicos que assinaram a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART relativa às atividades desenvolvidas na obra; realize inspeção técnica detalhada imediata na estrutura das cabeceiras para avaliar a extensão e a gravidade das rachaduras identificadas; promova investigação das causas subjacentes que levaram ao aparecimento das rachaduras, incluindo possíveis falhas no projeto, execução ou materiais utilizados; proceda estudo dos riscos potenciais, para a segurança dos usuários da ponte e para a integridade da estrutura, com base nos resultados da inspeção e análise; recomende medidas corretivas e preventivas a serem adotadas pela empresa responsável pela construção, visando a reparação dos danos e a prevenção de novas ocorrências; implemente um plano de fiscalização contínua e acompanhamento das ações corretivas, assegurando que todas as intervenções estejam em conformidade com as normas técnicas e de segurança aplicáveis, nos casos de construção e, por fim, realize uma vistoria técnica detalhada em toda a obra da ponte, incluindo toda a parte de concreto armado.
Para Camargo, a pressa em inaugurar a travessia no prazo estipulado pela enésima vez, uma vez que a obra levou quase seis anos para ser executada, levou aos problemas de fissuras e risco de desbarrancamento, uma vez que visivelmente o aterro inserido para fazer a cabeceira não recebeu o tratamento de compactação necessário e, sem o muro de contenção lateral, ficou a mercê da chuva e da água do rio, que ao se elevar, acabou gerando os danos. “Esperamos que o governo e a empresa responsável pela obra façam o reparo o mais breve possível e cumpram com todas as medidas de segurança para evitar o desmoronamento. Nosso chamamento para que o Crea participe na inspeção e na orientação para o respeito às normas técnicas da obra se dá pela preocupação que temos com a população. Precisamos ter certeza que não teremos mais incidentes nesta obra, que demorou tanto tempo para ser executada, gastou muito dinheiro público e com menos de dois meses da inauguração, já apresenta problemas. Estamos falando não só de dinheiro público, mas de preservação de patrimônio e especialmente de vidas”, disse o deputado.
Fonte: Assessoria Parlamentar