Em Ji-Paraná, mais de mil bandas de tambaqui serão assadas e comercializadas no dia do evento
Em sua 2ª edição, o “Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia”, que acontece no domingo (19), promovido pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tem por objetivo promover, divulgar e incentivar o consumo do tambaqui dentro e fora do Estado, além de abrir novos mercados e gerar novas oportunidades de negócios.
Em Ji-Paraná, mais de mil bandas de tambaqui serão assadas e comercializadas no dia do evento que ocorre simultaneamente em 26 capitais brasileiras, no Distrito Federal, 30 municípios rondonienses e pretende assar, 35 mil bandas do peixe nativo da região Amazônica; 20 mil somente em Rondônia, uma média de 500 bandas por cidade, sendo que Porto Velho terá número maior, quatro mil bandas.
Produtores da região Central estão otimistas com a realização do Festival
Produtores da região Central estão otimistas com a realização do Festival
No município de Ji-Paraná a entrega das bandas assadas acontece em frente ao Ginásio Poliesportivo Gerivaldo José de Souza (Gerivaldão), adotando todos os protocolos de segurança e prevenção contra à covid-19.
Os tickets estão à venda pelo valor de R$ 20 e a distribuição será em caixinhas padronizadas de papelão e a entrega no formato drive thru. Os peixes para o festival foram doados por produtores, com tratamento em agroindústrias e frigoríficos. Os que foram entregues às capitais do país foram processados pela empresa Zaltana; os de Rondônia pela Rondofish e em Ariquemes pela empresa Pescado do Vale.
“Nosso objetivo aqui no Território Central é comercializar todos os tickets do “Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia” nos municípios da região, a exemplo de Presidente Médici, Ji-Paraná, Teixeiropolis, Urupá, Mirante da Serra, Ouro Preto do Oeste, Jaru e Theobroma. Em todos esses, estaremos ofertando bandas de tambaqui assadas, porém em diferentes quantidades. Aqui em Ji-Paraná, os recursos arrecadados serão destinados a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae)”, detalhou o gerente do escritório local da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Gabriel Cordeiro.
“A piscicultura é muito importante para o Estado de Rondônia, principalmente para a agricultura familiar. Uma cadeia importantíssima para nossa economia em plena acessão no Estado. O Festival Nacional do Tambaqui tem a finalidade maior de divulgar o pescado da nossa região, incentivar o consumo e ajudar entidades filantrópicas ”, explicou o gerente regional do Território Central da Emater, João Vilmar Rabel.
Rondônia conta com cerca de 16 mil hectares de espelho d’água
Rondônia conta com cerca de 16 mil hectares de espelho d’água
Rondônia, que é o maior produtor de peixes nativos em cativeiro do Norte e o terceiro maior produtor do Brasil, atingindo uma produção média de 65.500 mil toneladas em 2020, de acordo com o anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR 2021), tem hoje o tambaqui representando 90% dessa produção, seguido da jatuarana 6% e pintado e pirarucu 2%. Esse potencial é a clara demonstração, que a piscicultura está presente em muitas propriedades rurais em Rondônia, com um cenário promissor no agronegócio rondoniense.
Outra boa notícia, é que nos últimos três anos, Rondônia ampliou a área destinada à piscicultura e, atualmente, conta com cerca de 16 mil hectares de espelho d’água e mais de quatro mil produtores cadastrados com piscicultura em Rondônia, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam). No total, são 25 propriedades registradas na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) como produtoras de alevinos, com venda aberta para todo o Brasil.
Levantamento feito pelo Governo de Rondônia, por meio Idaron, aponta que a atividade é mais latente em duas regiões do Estado: Central, onde se concentram pequenos produtores, e Vale do Jamari, região em que há grandes empreendimentos, incluindo três indústrias de beneficiamento de peixe, duas delas em Ariquemes. Outros frigoríficos estão instalados em Porto Velho, capital do Estado; Itapuã do Oeste e Vale do Paraíso, no interior de Rondônia.
O festival está sendo executado pela Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), Entidade Autárquica de Assistência e Extensão Rural (Emater-RO), Superintendência Estadual de Desenvolvimento e Infraestrutura (Sedi), em parceria com a Associação dos Criadores de Peixes de Rondônia (Acripar), o Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Lions Clube, Zaltana Pescados, Agrofish, Pescados Do Vale, Nova Aurora e WS Pescados da Amazônia.