O FOLHA DO SUL ON LINE acaba de apurar detalhes de um crime macabro registrado ontem na zona rural de Colorado do Oeste, onde um rapaz de 24 anos matou o próprio pai a socos e pauladas e enterrou o corpo no sítio da vítima, a cerca de 20 km da área urbana.
De acordo com uma irmã do pedreiro José Basílio da Silva, de 57 anos (FOTO), ele morreu pelas mãos do filho, Alisson, que saiu de Vilhena para fazer a execução. O motivo do aparente ódio dele por José é o fato de o pai ter acionado a polícia após suas ameaças contra familiares.
Conforme o relato da entrevistada, há cerca de oito meses Alisson enfrenta graves transtornos psiquiátricos, quando passou a dizer que possui uma agenda na qual anotou que mataria o pai, a mãe e uma das irmãs, que mora em Vilhena.
Duas semanas atrás, em mais um surto, quando ameaçou matar a irmã em Vilhena e depois exterminar os pais, o rapaz foi internado no Hospital Regional, de onde fugiu durante o tratamento. Após deixar por conta própria a unidade de saúde, ele foi para o sítio do pai e, lá, matou uma vaca a marretadas.
Apesar do visível estado mental do filho, Basílio o ajudou a carnear o animal. Alisson saiu da propriedade levando parte da vaca e trouxe a carne para Vilhena. O pai aproveitou o restante e cavou um buraco no sítio, onde enterrou a cabeça, o couro e a barrigada.
Ontem, ao saber que o rapaz havia ido para Colorado cumprir a promessa de matar o pai, a irmã avisou por telefone a mãe, que está em Porto Velho acompanhando outra filha que teve bebê prematuro. Ela tentou ligar, mas o marido já estava no sítio, onde não pega sinal de celular.
Quando os familiares notaram a demora do pedreiro para voltar do sítio, onde ele havia ido apenas para tratar dos animais, registraram uma queixa na polícia e seguiram para a propriedade. Lá, quando perceberam vestígios de sangue, ligaram para a polícia, que prendeu o principal suspeito em Vilhena.
Alisson, que a princípio negou o assassinato, foi levado até o sítio, onde acabou confessando o crime. Ele também mostrou a cova onde estava o corpo. Era o mesmo buraco cavado pela vítima para enterrar partes da vaca morta a marretadas.
Segundo a tia entrevistada, Alisson enfrenta problemas com drogas desde que era menor de idade. Segundo ela, já na maioridade, o sobrinho passou a integrar uma facção criminosa que o encarregou de matar uma pessoa em Vilhena, o que ele fez, e chegou a ser preso, mas foi solto pouco tempo depois.
Os familiares atribuem os problemas mentais do assassino confesso ao exagerado consumo de drogas.
FONTE: FOLHA DO SUL ON LINE